ARGUMENTO
Novo Argumento
15.05.2025
Número 182
Maio 2025, 36 págs.
A caminho das caixas de correio de sócios e assinantes, novo ARGUMENTO! Rico em entrevistas — Ed Lachman, lendário director de fotografia, Sol de Carvalho, realizador moçambicano, Edgar Medina, produtor e argumentista — e textos dedicados ao Cinema Português, Cineclubismo, Abbas Kiarostami, entre outros. No papel! Nenhuma reflexão ou conversa sobre cinema fica completa sem publicação no ARGUMENTO.
Maio 2025, 36 págs.
A caminho das caixas de correio de sócios e assinantes, novo ARGUMENTO! Rico em entrevistas — Ed Lachman, lendário director de fotografia, Sol de Carvalho, realizador moçambicano, Edgar Medina, produtor e argumentista — e textos dedicados ao Cinema Português, Cineclubismo, Abbas Kiarostami, entre outros. No papel! Nenhuma reflexão ou conversa sobre cinema fica completa sem publicação no ARGUMENTO.
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Número 182, Maio 2025: com entrevistas, rubricas, ensaios e ilustrações dos nossos ilustres colaboradores Anabela Moutinho, Bruna Ferreira, Cine Club de Barrio MX, Carlos Losilla, David Santos, Edgar Medina, Edgar Pêra, Fausto Cruchinho... — agradecemos a todos!
A melhor forma de apoiar é fazer a cada número a defesa da autonomia do projecto, divulgando ou propondo a assinatura a um amigo. 5 edições = 15 euros.
📚 Assinaturas disponíveis aqui
📘 Boas leituras!
Número 182, Maio 2025: com entrevistas, rubricas, ensaios e ilustrações dos nossos ilustres colaboradores Anabela Moutinho, Bruna Ferreira, Cine Club de Barrio MX, Carlos Losilla, David Santos, Edgar Medina, Edgar Pêra, Fausto Cruchinho... — agradecemos a todos!
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ÍNDICE DE ARTIGOS
︎SOL DE CARVALHO
Fernando González em diálogo com o realizador moçambicano a propósito do seu novo filme, O Ancoradouro do Tempo.
︎ED LACHMAN Palavra a um dos grandes directores de fotografia do cinema contemporâneo. Entrevista de Anabela Moutinho. → Ler na íntegra aqui.
︎UMA CERTA TENDÊNCIA NO CINEMA PORTUGUÊS Fausto Cruchinho e Marisa Henriques reflectem sobre a nova vaga de filmes biográficos de produção nacional.
︎FAZER O CINEMA ACONTECER EM PORTUGALA palavra aos produtores portugueses. Entrevista a Edgar Medina, da Arquipélago Filmes, para vislumbrar as engrenagens da actividade.
︎ED LACHMAN Palavra a um dos grandes directores de fotografia do cinema contemporâneo. Entrevista de Anabela Moutinho. → Ler na íntegra aqui.
︎UMA CERTA TENDÊNCIA NO CINEMA PORTUGUÊS Fausto Cruchinho e Marisa Henriques reflectem sobre a nova vaga de filmes biográficos de produção nacional.
︎FAZER O CINEMA ACONTECER EM PORTUGALA palavra aos produtores portugueses. Entrevista a Edgar Medina, da Arquipélago Filmes, para vislumbrar as engrenagens da actividade.
︎GUERRYLHA NO ASPHALTO Edgar Pêra fala do seu próximo filme através das páginas dos seus Kadernos premonitórios.
︎DEAMBULAÇÕES Capítulo sexto do Diario de Cine de Carlos Losilla — equivale a retomar uma conversa (nunca acabada) com o seu autor.
︎ABBAS KIAROSTAMI Trabalhos de Casa, exibido pelo Cine Clube em Fevereiro, é o mote para a estreia da rubrica de David Santos.
︎OBSERVATÓRIO David Lynch não deixa ninugém indiferente. Bruna Ferreira, que é presença constante nestas páginas, em 2025, entrega-nos o seu retrato do mestre.
︎E ainda... Livros do Trimestre e Bilhete-Postal do Cine Club de Barrio MX (Barcelona).
︎DEAMBULAÇÕES Capítulo sexto do Diario de Cine de Carlos Losilla — equivale a retomar uma conversa (nunca acabada) com o seu autor.
︎ABBAS KIAROSTAMI Trabalhos de Casa, exibido pelo Cine Clube em Fevereiro, é o mote para a estreia da rubrica de David Santos.
︎OBSERVATÓRIO David Lynch não deixa ninugém indiferente. Bruna Ferreira, que é presença constante nestas páginas, em 2025, entrega-nos o seu retrato do mestre.
︎E ainda... Livros do Trimestre e Bilhete-Postal do Cine Club de Barrio MX (Barcelona).
EDITORIAL
1.
Nesta edição avança-se, em paralelo com os dossiers que já fazem parte da revista, para entrevistas e reflexões que apimentam o alinhamento. De um modo geral gostamos de trabalhar assim, longe das ideias generalistas, acríticas e consensuais a todo o custo. Todos sabemos o estado em que por cá se encontra o cinema e a difusão de cinematografias alternativas – começando pelas dezenas de filmes portugueses prontinhos para as salas e que não têm lugar nos ecrãs. E conhecemos as lacunas dos programas, privados e públicos, de aproximação do cinema ao universo escolar. Ou a ausência de um plano para recuperar salas de cinema, propondo um critério de razoabilidade para a sua implantação. Sem falar na divulgação cultural nas televisões – uma realidade que deixou de existir entre nós. Tal diagnóstico não cabe aqui, mas sim mostrar que estas páginas continuam a mostrar abertura para promover o necessário debate de ideias.2.
Numa das edições anteriores do ARGUMENTO deixámos claras algumas preocupações em torno do que são os muros erguidos na programação das salas. Uma entrevista oportuna com Annie Bichet no número 173 manifestava o papel da programadora no Le Trianon, em França, no auge da pressão de lobbies que lutaram pelo cancelamento de filmes de Roman Polanski, acusando as pessoas que programam os filmes de serem cúmplices dos crimes do autor. “Recusamo-nos a escolher um campo e pôr em risco a nossa liberdade de trabalhar e de pensar. Além disso, sabemos que o público é livre de vir ver o filme ou não, conforme a sua consciência. Continuamos a defender a nossa posição e explicar que podemos ser feministas, apoiar os avanços do movimento MeToo e ter este gesto de programação.” Dir-se-á que a situação é triste. Mas há muito tempo que assim é em vários pontos do país. De As Horas de Maria, de António Macedo, recebido com violência por extremistas católicos em Lisboa e que o CCV manteve no seu programa de 1980 – com alguns cuidados especiais – a uma sessão recente para público escolar, com o filme Viagem ao Sol, em que a maioria dos alunos presentes desvalorizou a ideologia racista que conduziu ao Holocausto e recusou o debate com o realizador Ansgar Schaefer. Retomando as palavras de Annie Bichet, “o mundo está muito dividido, e os debates de ideias, em vez de nos fazerem evoluir, constroem muros entre as pessoas. O nosso trabalho de programadores tem por objectivo ajudar-nos a viver juntos, enriquecer-nos, e não construir muros.” Sempre o fizémos até agora, não deixaremos de o fazer a partir de agora, quando já vamos para 70 anos de existência do Cine Clube de Viseu.3.
A imagem de capa, proveniente da série Sul, vem a propósito da entrevista com o seu produtor, Edgar Medina. É a estreia de uma série na capa desta edição, tanto quanto se sabe. Coincide com o momento em que são revelados os números de público nos cinemas, e assim se sabe que do total de filmes exibidos este ano no circuito comercial, o cinema português foi visto por 36.610 espectadores (com uma quota de mercado de 1%) e obteve 170.667 euros de receita (0,7% da quota de mercado). Os números espelham uma realidade, a falta de salas para os filmes portugueses, que tem sido ignorada pela cada vez mais conservadora e anémica elite cultural. O problema aguzida-se, essencialmente, fora de Lisboa e Porto, o que, calculamos, também retira gravidade ao caso. Por isso é relevante o, por assim dizer, alerta, de Edgar Medina na entrevista a Diogo V. Machado: “Não deixo de reconhecer o valor das séries de ficção. Pode representar uma dimensão económica naquilo que fazemos. Ou seja, podemos vender. Podemos ser vistos.” Haja, no cinema português, quem se preocupe em levar os filmes ao público.
FAZER O CINEMA ACONTECER EM PORTUGAL
Retomamos a edição do ARGUMENTO na companhia do dossier de entrevistas a produtores de cinema. Até certo ponto, os produtores não são os protagonistas mais destacados do cinema, mas através deles vislumbramos aspectos fundamentais deste meio.
Veja-se o que Edgar Medina, da produtora Arquipélago Filmes, explica na sua entrevista a Diogo V. Machado: "Sou de uma cinefilia antiga, mas não deixo de reconhecer o valor das séries de ficção. O que é que pode representar? Uma dimensão económica naquilo que fazemos. Ou seja, podemos vender. Podemos ser vistos."
Claro que o balanço se faz no fim, mas auguramos um dossier importante para acompanhar nos próximos números.
Retomamos a edição do ARGUMENTO na companhia do dossier de entrevistas a produtores de cinema. Até certo ponto, os produtores não são os protagonistas mais destacados do cinema, mas através deles vislumbramos aspectos fundamentais deste meio.
Veja-se o que Edgar Medina, da produtora Arquipélago Filmes, explica na sua entrevista a Diogo V. Machado: "Sou de uma cinefilia antiga, mas não deixo de reconhecer o valor das séries de ficção. O que é que pode representar? Uma dimensão económica naquilo que fazemos. Ou seja, podemos vender. Podemos ser vistos."
Claro que o balanço se faz no fim, mas auguramos um dossier importante para acompanhar nos próximos números.
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