PROGRAMAÇÃO
Filmes Pedidos
70 Anos do Cine Clube de Viseu
01.09.2025
Entre Março e Abril deste ano, abrimos uma caixa de sugestões para que os sócios partilhassem propostas de filmes que gostariam de ver exibidos no seu Cine Clube. A ideia é assinalar e comemorar o 70.º aniversário da primeira sessão do CCV, que aconteceu no Cine-Rossio, em 1955 (a 16 de Dezembro).
Partimos em busca do máximo de filmes pedidos, numa tarefa com alguns espinhos. Mas é possível, a partir de Setembro, apresentar um ciclo de 10 filmes, fruto de escolhas dos associados, incluindo aquele que foi o mais votado – Pierrot le Fou de Jean-Luc Godard.
Partimos em busca do máximo de filmes pedidos, numa tarefa com alguns espinhos. Mas é possível, a partir de Setembro, apresentar um ciclo de 10 filmes, fruto de escolhas dos associados, incluindo aquele que foi o mais votado – Pierrot le Fou de Jean-Luc Godard.
É verdade, muitas obras votadas eram inalcançáveis para a exibição em Portugal. Mas é um ciclo incrível para o qual contamos com todos, já no próximo dia 18 de Setembro, com Chungking Express de Wong Kar Wai.
• A partir de €15 anuais e €3 nas sessões.
• Acesso ao Passe de 10 Sessões
• Envio da revista ARGUMENTO pelo correio
• Inscrições → AQUI
• A partir de €15 anuais e €3 nas sessões.
• Acesso ao Passe de 10 Sessões
• Envio da revista ARGUMENTO pelo correio
• Inscrições → AQUI
18 SET
de Wong Kar Wai, Hong Kong, 1994, 103’ CHUNGKING EXPRESS
Sob os neons da paisagem urbana de Hong Kong, os polícias 223 e 663 trabalham no turno da noite. São jovens e ingénuos e ambos foram abandonados pelas namoradas. O bar "Midnight Express" está aberto toda a noite e o seu gerente ouve pacientemente os desabafos de um dos polícias ao mesmo tempo que dá conselhos gastronómicos, pelo telefone, ao outro. As pessoas passam, os lugares ficam, como disse Wong Kar Wai.
Filme escolhido pelo sócio António Lopes Ribeiro: “Vi apenas uma vez este filme, na altura da estreia em Portugal… Provavelmente estaria acompanhado por alguém! Recordo-me da câmara em movimento, imagens envoltas numa atmosfera musical inquietante, de adorar esse momento e simultaneamente sentir uma quase náusea, no limite do (meu) suportável, provocada por esses movimentos ondulatórios, captando rostos, momentos e imagens várias. Algo tão intenso e profundo que jamais esqueci. Quem me acompanhava nesse dia, não recordo… Todavia, esse seria um dos meus grandes momentos enquanto espectador de cinema!”
30 OUT
PLAYTIME
de Jacques Tati, FR / IT, 1967, 124’
Playtime é uma sátira à vida moderna, à uniformização urbana e à mecanização, filmado numa cidade em estúdio. A mestria dos gags do grande mestre do burlesco alia-se a um requinte de pormenores, desde os gestos mais insignificantes do dia a dia a uma sugestiva crítica à despersonalização do meio ambiente, em nome da eficácia e da rentabilidade.
Filme escolhido pelo sócio Hugo Santos: “Escolhi Playtime porque esta obra propõe uma reflexão acerca das idiossincrasias e do rebuliço do mundo moderno. É uma pintura cinematográfica, concebida para a grande tela. Essa é a outra razão da escolha. Filmado em 70mm, é apenas na tela que se observa, em toda a dimensão, o humor subtil, e por vezes hilariante, que Jacques Tati apresenta neste filme.”
27 NOV
CAIXA DE RESISTÊNCIAde Concha Barquero Artés e Alejandro Alvarado Jódar, ES / PT, 2024, 99’
A censura do documentário Rocío foi o início de uma carreira frustrada. O cineasta andaluz Fernando Ruiz Vergara nunca mais realizou um filme. Vergara morreu em 2011, deixando para trás inúmeros guiões e esboços de filmes que nunca conseguiu realizar. Recuperar os filmes inacabados do realizador andaluz é um projecto de investigação, de reinterpretação artística e de afecto.
Filme escolhido pela sócia Maria da Graça Marques Pinto: “É um poderoso documentário sobre a vida de Fernando Vergara, que viu a sua carreira cerceada pela censura espanhola. O realizador, com quem tive o privilégio de manter uma intensa cumplicidade, foi autor de projectos criativos em diversas áreas, onde plasmou a sua irreverência e insubmissão até à morte.”
18 DEZ
RECORDAÇÕES DA CASA AMARELA
de João César Monteiro, PT, 1989, 119’
A “comédia lusitana” que João César Monteiro nos apresenta é seguramente das mais escatológicas de todo o cinema português. Munido de várias referências, da literatura, à música, passando pelo próprio cinema, o cineasta olha impiedosamente para o passado, presente e futuro de Portugal, vaticinando um fado que é tudo menos épico ou glorioso.
Filme escolhido pelo sócio Pedro Marques Pereira: “Creio que a grande maioria de nós cumpre a mesma peregrinação trágico-cómica que João de Deus, com as suas desgraças e fortunas, dúvidas e certezas. Em Recordações da Casa Amarela, semeou subversões, rebeldias e devaneios como exercício de resistência. Como que a mostrar-nos um caminho para que consigamos viver nesta casa amarela maior sem paredes que é a sociedade profundamente alienada, desequilibrada e violenta que temos actualmente.”
ENTRADAS
5,00€
Público em geral
3,00€
Associados
Associados estudantes, desempregados, maiores de 65 → 2,00€
3,00€
Descontos
Público em geral
3,00€
Associados
Associados estudantes, desempregados, maiores de 65 → 2,00€
3,00€
Descontos
Estudantes ensino superior, Amigos Teatro Viriato, Associados ACERT
JOVENS <18
→ GRATUITO
JOVENS <18
→ GRATUITO
Reservas
geral@cineclubeviseu.pt / 232 432 760
geral@cineclubeviseu.pt / 232 432 760
Constituindo uma das actividades mais regulares do Cine Clube de Viseu, as sessões semanais dão a conhecer diferentes cinematografias e autores Ao longo dos anos, com o apoio do público, têm assegurado o acesso a uma cultura audiovisual mais plural, diversa e independente.
Numa associação com a natureza do CCV, a perenidade e crescimento dependem, em grande medida, do entusiasmo dos seus associados. O apoio de todos é fundamental e faz, verdadeiramente, toda a diferença!
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Numa associação com a natureza do CCV, a perenidade e crescimento dependem, em grande medida, do entusiasmo dos seus associados. O apoio de todos é fundamental e faz, verdadeiramente, toda a diferença!
