PROGRAMAÇÃO
Programas do CCV
Constituindo a actividade regular do CINE CLUBE DE VISEU, a exibição de cinema propõe ciclos temáticos, dando a conhecer, numa perspectiva integrada, novas cinematografias e novos autores, a par com o cinema reconhecidamente clássico. Uma cultura audiovisual mais plural, diversa e independente, é o objectivo do programa desenvolvido.
2022
SEGUE POR CARTA02 ︎︎︎ 23 JUNHO
Um ciclo de quatro histórias epistolares no vosso Cine Clube! Cartas de Amor e Amizade que fazem uma ponte entre tempos e civilizações, assinadas por Rita Azevedo Gomes, Andrei Konchalovsky, Payal Kapadia e Ernst Lubitsch.
O final da temporada é 2021/22 foi assinalado no último dia do mês, com a sessão especial do aclamado Flee – A Fuga.
Correspondências, de Rita Azevedo Gomes
Portugal, 2016, 145’
As Noites Brancas do Carteiro, de Andrei Konchalovsky
Belye nochi pochtalyona Alekseya Tryapitsyna, Rússia, 2014, 97’
Noite Incerta, de Payal Kapadia
A Night of Knowing Nothing, Índia / França, 2021, 97’
A Loja da Esquina, de Ernst Lubitsch
The Shop Around the Corner, EUA, 1940, 99’
Flee - A Fuga, de Jonas Poher Rasmuseen
DEN/FRA/NOR, 2021, 89’
O final da temporada é 2021/22 foi assinalado no último dia do mês, com a sessão especial do aclamado Flee – A Fuga.
Correspondências, de Rita Azevedo Gomes
Portugal, 2016, 145’
As Noites Brancas do Carteiro, de Andrei Konchalovsky
Belye nochi pochtalyona Alekseya Tryapitsyna, Rússia, 2014, 97’
Noite Incerta, de Payal Kapadia
A Night of Knowing Nothing, Índia / França, 2021, 97’
A Loja da Esquina, de Ernst Lubitsch
The Shop Around the Corner, EUA, 1940, 99’
Flee - A Fuga, de Jonas Poher Rasmuseen
DEN/FRA/NOR, 2021, 89’
2020
DO THE RIGHT THING09 JANEIRO ︎︎︎ 10 FEVEREIRO
O ciclo DO THE RIGHT THING apresenta filmes inspirados pela coragem perante situações difíceis, problemas sociais, ambientais e morais, sob o olhar cruzado dos cineastas Christian Petzold, Roman Polanski, Benedikt Erlingsson e Matteo Garrone.
Graças a Deus, de François Ozon
Grâce à Dieu, França, 2019, 137’
Made in Bangladesh, de Rubaiyat Hossain
Bangladesh, 2019, 95’
Passámos Por Cá, de Ken Loach
Sorry We Missed You, Reino Unido, 2019, 101’
Do The Right Thing, de Spike Lee
EUA, 1989, 120’
Em Trânsito, de Cristian Petzold
Transit, Alemanha, 2019, 101’
J'Accuse - O Oficial e o Espião
de Roman Polanski, França, 2019, 132’
Mulher em Guerra, de Benedikt Erlingsson
Kona fer í stríð, Islândia, 2018, 101’
Dogman, de Mateo Garrone,
Itália, 2018, 103’
2018
ON ART20 FEVEREIRO ︎︎︎ 10 ABRIL
Há mil maneiras de falar de arte no cinema. Estas são algumas delas:
O Quadrado, de Ruben Östlund
The Square, Suécia 2017, 142’
Olhares Lugares, de Agnès Varda e Jr
Visages Villages, França, 2017, 89’
Fellini 8 1/2, de Federico Fellini
Itália, 1963, 114’
Stop Making Sense, de Jonathan Demme
EUA, 1984, 88’
Loving Vincent de Dorota Kobiela e Hugh Welchman
Pol/RU, 2017, 95’
A Partir de Uma História Verdadeira, de Roman Polanski
D'après une Histoire Vraie, França, 2017, 100’
Rodin, de Jacques Doillon
França, 2017, 119’
Barbara, de Mathieu Amalric,
França, 2017, 97’
2016
O PASSADO E O PRESENTE05 ABRIL ︎︎︎ 10 MAIO
rte exímia na possibilidade de cruzar tempos e histórias. Desafiados pela ideia de revisitação, vários realizadores tornaram o passado absolutamente central a tudo o que torna os filmes o que eles são. É este o mote para O PASSADO E O PRESENTE – e como todos os grandes filmes que olham para o passado, são filmes sobre o presente.
O PASSADO E O PRESENTE evoca, claro, Manoel de Oliveira, o mestre absoluto na manipulação do passado e da memória (ou não fosse o tempo a matéria central da sua obra). E as razões que o levaram a isso passam por aproximar o homem de uma compreensão plena do significado da existência. O ciclo de cinema, que não abandona a aposta por combinar autores consagrados e novos realizadores, decorreu em Abril e Maio de 2016.
Posto Avançado do Progresso
de Hugo Vieira da Silva, 2016, 121’
O Espelho,de Andrei Tarkovski
Zerkalo, 1975, 108’
A Assassina, de Hou Hsiao-Hsien
Nie Yin Niang, 2015, 107’
Nostalgia da Luz, de Patricio Guzmán
Nostalgia for the Light, 2010, 90’
Três Recordações da Minha Juventude,
de Arnaud Desplechin
Trois Souvenirs de ma Jeunesse, 2015, 123’
Viagem em Itália, de Roberto Rossellini
Viaggio in Italia, 1954, 79’
O PASSADO E O PRESENTE evoca, claro, Manoel de Oliveira, o mestre absoluto na manipulação do passado e da memória (ou não fosse o tempo a matéria central da sua obra). E as razões que o levaram a isso passam por aproximar o homem de uma compreensão plena do significado da existência. O ciclo de cinema, que não abandona a aposta por combinar autores consagrados e novos realizadores, decorreu em Abril e Maio de 2016.
Posto Avançado do Progresso
de Hugo Vieira da Silva, 2016, 121’
O Espelho,de Andrei Tarkovski
Zerkalo, 1975, 108’
A Assassina, de Hou Hsiao-Hsien
Nie Yin Niang, 2015, 107’
Nostalgia da Luz, de Patricio Guzmán
Nostalgia for the Light, 2010, 90’
Três Recordações da Minha Juventude,
de Arnaud Desplechin
Trois Souvenirs de ma Jeunesse, 2015, 123’
Viagem em Itália, de Roberto Rossellini
Viaggio in Italia, 1954, 79’
2016
WOMEN CAN TAKE IT!05 JAN ︎︎︎ 02 FEV
Um ciclo de cinema exclusivamente dedicado a filmes marcados por notáveis papéis femininos, com olhares ricos sobre o cinema que interessam, em muito, para além da mera contingência do feminino.
Minha Mãe, de Nanni Moretti
Mia Madre, França/Itália, 2015, 106'
A Dupla Vida de Véronique, de Krzystof Kieslowski
La double vie de Véronique, Polónia/França, 1991, 96'
Que Horas Ela Volta?
de Anna Muylaert, Brasil, 2015, 110'
Três Irmãs, de Wang Bing
San Zimei, França/Hong Kong, 150'
Persépolis, de Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud
França/Irão, 2007, 95'
2012
ANTÓNIO CAMPOS15 ︎︎︎ 29 MAIO
Em parte devido à dificuldade de acesso aos filmes, a obra de António Campos é uma das menos divulgadas do cinema português. Só em 2000, após a sua morte, teve lugar a primeira retrospectiva nacional. Os contributos de Henrique Alves Costa, Paulo Rocha, Fernando Lopes e Manoel de Oliveira, festivais como La Rochelle, reconheceram Campos como o responsável, nos anos 50, pelo único momento de algum brilho do cinema português. Em plena década de profunda crise de criação e produção, UM TESOIRO, 1958, O SENHOR, 1959, de António Campos e O PINTOR E A CIDADE, 1956, de Manoel Oliveira, são as jóias da coroa do nosso cinema que a elas deve o não desaparecimento total.
O TESOIRO, quando visionado em Carcassone, suscitou a um espectador francês o seguinte comentário que Campos guardou na memória e relatou em entrevista: "Aprendemos mais nestes vinte minutos que em dez anos a ver as mulheres da Nazaré e o Fado".
Considerado um realizador à margem, este programa proporciona a oportunidade rara de conhecer António Campos, um cineasta excepcional que representa o instinto e a paixão pelo cinema.
A Almadraba Atuneira
Portugal, 1961, 27’
Um Tesoiro
Portugal, 1958, 14’
Gente da Praia da Vieira
Portugal, 1975, 73’
A Invenção do Amor
Portugal, 1965, 29’
Falamos de Rio de Onor
Portugal, 1974, 63’
Falamos de António Campos
de Catarina Alves Costa, Portugal, 2009, 60’
2012
FAMÍLIAS NORMAISMARÇO ︎︎︎ ABRIL
Sobressaem, por um lado, cineastas consagrados como Lucrecia Martel, Alexandr Sokurov e Jim Jarmusch (“O Pântano”, “Mãe e filho” e “Para além do paraíso”, respectivamente). Por outro lado, neste ciclo inspirado pela preponderância da família em seis filmes notáveis, veremos importantes obras em estreia: “O miúdo da bicicleta”, de Jean-Luc e Pierre Dardenne e “Uma separação”, de Asghar Farhadi. Completa o programa o extraordinário “As Vinhas da Ira”, obra-prima de John Ford. Que olhar sobre a família nos serve o cinema? E a família, como vai?
O Pântano, de Lucrecia Martel
La Ciénaga, Argentina, 2001, 103’
Mãe e Filho, de Alexandr Sokurov
Rússia, Alemanha, 1997, 73’
O Miúdo da Bicicleta, de Jean-Pierre e Luc Dardenne
Le Gamin au Vélo, França, 2011, 87’
As Vinhas da Ira, de John Ford
The Grapes of Wrath, EUA, 1940, 120’
Para Além do Paraíso, de Jim Jarmusch
Stranger than Paradise, EUA, 1984, 89’
Uma Separação, de Asghar Farhadi
Jodaeiye Nader az Simin, Irão, 2011, 113’
2010
CURTAS NO CINE CLUBE20 ABRIL ︎︎︎ 04 MAIO
Três sessões dedicadas ao universo da curta-metragem, pela mão de diversos cineastas.
SESSÃO #1 SOBRE A ÁGUA
Crime, Abismo Azul, Remorso Físico
de Edgar Pêra, 2009, 15’
Corrente, de Rodrigo Areias, 2008, 16’
Arca D’Água, de André Gil da Mata
2009, 23’
Ciel Éteint!, de F. J. Ossang
2008, 23’
SESSÃO #2 POR: AGNÈS VARDA
Ô saisons, ô châteaux, 1957, 21’
Plaisir d’amour en Iran, 1976, 6’
Du côté de la côte, 1958, 26’
Les dites Cariatides, 1984, 12’
T’as de beaux escacaliers, tu sais, 1986, 3’
Les fiancés du Pont MacDonald, 1961, 5’
SESSÃO #3 DA EUROPA...
Charlotte et Veronique, ou Tous Les Garçons s’Appellent Patrick
de Jean Luc-Godard, França, 1957, 21’
Il Giorno della Prima di Close-Up
de Nanni Moretti, Itália, 1996, 7’
L’Homme Sans Têtel
de Juan Solanas, França, 2003, 18’
Koncert Zycken
de Krzysztof Kieslowski, Polónia, 1968, 16’
El Secdleto de la Trompeta
de Javier Fesser, Espanha, 1995, 18’
Election Night
de Anders Thomas Jensen, Dinamarca, 1998, 11’
2010
A VIDA POR DIANTE23 FEVEREIRO ︎︎︎ 30 MARÇO
Os filmes propostos partem de temas associados à infância e juventude, conseguindo ao mesmo tempo captar a atenção para uma fase sensível das vidas de todos nós, e equacionar contextos histórico-sociais e, por vezes, ideias e mitos que ainda subsistem.
Apresentando vários registos (ora poéticos e oníricos, ora próximos de contextos reais e novos paradigmas contemporâneos), o programa deste ciclo remete para um campo virtual de sonhos, ambições, medos, rupturas, conquistas, onde se inscreve um quase sub-género do cinema, definido pelas reflexões e abordagens de cineastas como Charlie Chaplin, Jean Vigo, François Truffaut ou André Téchiné.
Uns Belos Rapazes, de Riad Sattouf
Les beaux gosses, França, 2009, 90’
Afterschool – Depois das Aulas
de António Campos, EUA, 2008, 105’
Um Profeta, de Jacques Audiard
Un prophète, França, 2009, 150’
Los Olvidados, de Luis Buñuel
México, 1950, 80’
Sessão comentada por Etã Sobal Costa, responsável pelo Internato de Santa Teresinha.
O Sítio das Coisas Selvagens, de Spike Jonze
Where the Wild Things Are, EUA, 2009, 101’
O Laço Branco, de Michael Haneke
Das Weisse Band, Áustria, Alemanha, 2009, 144’
2009
POLÍTICAS & POÉTICAS DO SOCIAL03 MARÇO ︎︎︎ 14 ABRIL
Este ano abre-se com sinais de uma mobilização sem precedentes — e não só o ano cinematográfico. Seria difícil encontrar num passado, mesmo relativamente distante, uma tal vaga de inquietudes e revoltas face a um conjunto de fenómenos heterogéneos, mas em que as decisões de política pública desempenham um papel central, por agora terrivelmente destruidor. Trata-se aqui do ensino, do audiovisual público, da liberdade de imprensa, do conjunto de dispositivos de solidariedade colectiva e de apoio à cultura.
Jean-Michel Frodon,
Editorial (Action!) da edição de Janeiro da revista Cahiers du Cinema
Para muitos artistas e cineastas, a imagem e o audiovisual proporcionam um importante veículo de registo e reflexão sobre a sociedade, a sua organização, estruturas colectivas e princípios de funcionamento. Numa era de grande instabilidade e que provavelmente levará, ou deveria levar, a mudanças profundas, este ciclo do CCV reúne, na forma de documentário e ficção, diferentes perspectivas a propósito de algumas dicotomias sociais: mudança e resistência, ruptura e evolução, direitos individuais e normas colectivas. Com múltiplas abordagens, este ciclo percorre uma matriz que é na realidade um dos debates mais vivos, interessantes e explorados do cinema contemporâneo, o vínculo social.
O Silêncio de Lorna, de Jean Luc e Pierre Dardenne
Le silence de Lorna, França/Bélgica, 2008, 105’
A Onda, de Dennis Gansel
Die Welle, Alemanha, 2008, 101’
O Adeus à Brisa
de Possidónio Cachapa, Portugal, 2007, 55’
Sessão com a presença do realizador.
Natureza Morta, de Jia Zhangke
Still Life, China, 2006, 111’
Valsa com Bashir, de Ari Folman
Vals im Bashir, França/Israel, 2008, 90’
Mamma Roma, de Pier Paolo Pasolini
Itália, 1962, 106’
Fome, de Steve McQueen
Hunger, Reino Unido, 2008, 95’
2008
CECI N’EST PAS UNE PIPE11 MARÇO ︎︎︎ 22 ABRIL
CECI N’EST PAS UNE PIPE é uma janela de possibilidades surrealistas sobre vários géneros e estilos cinematográficos – terror, documentário, até obras de cineastas marcantes como David Cronenberg, David Lynch, ou Luis Buñuel. No seu lugar único e incontornável, o movimento Surrealista significou para toda a arte do século XX uma profunda revolução temática, estética, e conceptual, que influenciou fortemente a literatura e a pintura, e que é grandemente responsável pelo cuidado pictórico do plano, por visões insólitas e satíricas, fuga ao mainstream e ao politicamente correcto – qualidades fundadoras do cinema como arte. Nesta fase da história, valerá a pena recuperar clássicos incontornáveis de Buñuel e Lynch, de “El ángel exterminador” a “Eraserhead”. E constatar algumas ramificações surrealistas do cinema, visíveis ora na representação da realidade em “O sabor da melancia”, “Sicko”, ora na ideia de absurdo em “A criatura”, “Promessas perigosas”, e “The Darjeeling limited”.
A Criatura, de Bong Joon-Ho
Gue-mul, Coreia do Sul, 2006, 114’
Promessas Perigosas, de David Cronenberg
Eastern Promises, Reino Unido, EUA, Canadá, 2007, 98’
Sicko, de Michael Moore
EUA, 2007, 123’
O Sabor da Melancia, de Tsai Ming Liang
Tian bian yi duo yun, França, Taiwan, 2005, 112’
Eraserhead – No Céu Tudo é Perfeito
de David Lynch, EUA, 1977, 90’
O Anjo Exterminador, de Luís Buñuel
El angel exterminador, México, 1962
The Darjeeling Limited
de Wes Anderson, EUA, 2007, 91’
2008
EUROPA08 JANEIRO ︎︎︎ 04 MARÇO
As Canções de Amor, de Christophe Honoré
Les chansons d’amour, França, 2007, 100’
A Porta da Fortuna, de Emanuele Criales
Nuovomundo, Itália, 2006, 115’
Profissão: Repórter, de Michelangelo Antonioni
Professione: Reporter, Itália, 1975, 120’
Sexualidades, de Pernille Fischer Christense
En soap, Dinamarca, 2006, 104’
Control, de Anton Corbijn
Inglaterra, 2007, 121’
Uma Lição de Amor, de Ingmar Bergman
En lektion i Karlek, Suécia, 1954, 90’
A Morte do Sr. Lazarescu, de Cristi Pui
Moartea domnului Lazarescu, Roménia, 2005, 153’
Luzes no Crepúsculo, de Aki Kaurismäki
Laitakaupungin Valot, Finlândia, 2007, 78’
2007
A CIDADE E AS SERRAS09 JANEIRO ︎︎︎ 27 FEVEREIRO
Sonhei que em Tormes se construíra uma Torre Eiffel e que em volta dela as Senhoras da Serra, as mais respeitáveis, a própria tia Albergaria, dançavam nuas, agitando no ar saca-rolhas imensos.
Eça de Queirós, A cidade e as serras
Em Paris, de Christophe Honoré
Dans Paris, França, 2006, 93’
O Céu Gira, de Mercedes Álvarez
El Cielo Gira, Espanha, 2004, 115’
Ninguém Sabe, de Hirokazu Koreeda
Dare mo shiranai, Japão, 2004, 141’
Rebeldes de Bairro, de Larry Clark
Wassup Rockers, EUA, 2005, 111’
Voltar, de Pedro Almodóvar
Volver, Espanha, 2006, 121’
Através das Oliveiras, de Abbas Kiarostami
Zire darakhatan zeyton, Irão/França, 1994, 103’
Os Amantes Regulares, de Philippe Garrel
Les amants réguliers, França, 2005, 178’
2005
CRÓNICAS FEMININAS22 FEVEREIRO ︎︎︎ 29 MARÇO
Abrimos portas a um ciclo de cinema exclusivamente dedicado a realizadoras, Crónicas femininas. Transversal a várias gerações de cineastas, o ciclo parte de Marguerite Duras e Barbara Loden, nas suas obras dos anos 70 recentemente estreadas em Portugal em novas cópias, para outras realizadoras com crónicas contemporâneas, e olhares ricos sobre o cinema que em muito interessam para além da mera contingência do feminino.
Crónicas femininas apresenta obras de Jaoui, Cardoso, Martel, Coixet, e as já referidas Duras e Loden, revelando realidades bem diferentes – Argentina, Moçambique, França – em composições cinematográficas muito pessoais, diversificadas, e em certo sentido universais, para lá da sua época, história ou escola artística.
India Song, de Marguerite Duras
França, 1975, 120’
Olhem para mim, de Agnès Jaoui
Comme une image, França/Italia, 2004, 110’
Wanda, de Barbara Loden
USA, 1971, 102’
A Costa dos Murmúrios, de Margarida Cardoso
Portugal, 2004, 120’
A Minha Vida Sem Mim, de Isabel Coixet
My Life Without Me, Espanha/Canadá, 2003, 107’
A Rapariga Santa, de Lucrecia Martel
La Niña Santa, Argentina/França/Itália/Holanda, 2004, 106’
2004
HOMENS SOMBRACICLO DE ESPIONAGEM E POLÍTICA
03 ︎︎︎ 21 DEZEMBRO
Agente Triplo, de Eric Rohmer
Triple Agent, França/ Grécia/ Itália/ Espanha, 2004, 115’
A Vida é um Milagre, de Emir Kusturica
Life is a Miracle, França/ Sérvia/ Montenegro, 2004, 155’
Um Herói Muito Discreto, de Jacques Audiard
Un Héros Très Discret, França, 1996, 107’
Bom Dia, Noite, de Marco Bellocchio
Buongiorno notte, Itália, 2003, 106’
O Terceiro Homem, de Carol Reed
The Third Man, Inglaterra, 1949, 104’
2002
VISTA PARA O MAR16 SETEMBRO ︎︎︎ 31 OUTUBRO
As mais belas paisagens à beira mar, azul sem fim, as histórias e lendas, os sonhos nossos, a aproximação entre o mar e o homem não tem explicação. Talvez por isso não hajam muitos motivos mais caros ao cinema que o próprio mar, tendo-o por perto, a respirar marés por entre ilhas, piratas, demónios, amores. A programação do CCV não resiste a rever o mar no tempo, procurando-o em diferentes correntes.
TEMA ANCESTRAL. Da época clássica à modernidade no cinema, inúmeros realizadores, em Portugal e todo o mundo, relacionaram o mar com os seus temas, e para alguns actores o momento em que jamais os esqueceremos foi chegado ao largo, à flor ou à beira do mar. Como não lembrar o desaparecimento de Murnau uma semana antes da estreia mundial de “TABU”? E Teresa Villaverde revelada em “À FLOR DO MAR” de João César Monteiro? E Edward G. Robinson no navio pirata ghost em “O LOBO DO MAR” de outra lenda, Michael Curtiz? De Mrs Muir e o seu fantasma na metáfora perfeita sobre o mar, “THE GHOST AND MRS. MUIR”, de Mankiewickz? E a improvável viagem de Adam Sandler “EMBRIAGADO DE AMOR”?
Só era perfeito sem fim como o mar. Dadas as incomensuráveis diferenças na sua transposição para tema de ciclo, vamos dar-nos por satisfeitos por ter um mar de dez filmes, cinco da época clássica como deve ser segundo o espírito da programação cineclubista, apresentados à vez como tem de ser, maré clássica, maré contemporânea. Vai-vem constante, no mar e no cinema vamos encontrar alguns dos mais belos filmes de sempre.
Tabu, de F.W. Murnau
Tabu: a story of the south seas, EUA, 1931, 86’
Às Segundas ao Sol, de Fernando Aranoa
Los lunes al sol, Espanha, 2002, 113’
O Desprezo, de Jean-Luc Godard
Le Mépris, França, 1963, 103’
I Walked With a Zombie
de Jacques Tourneur, EUA, 1943, 69’
À Flor do Mar de João César Monteiro
Portugal, 1986
O Lobo do Mar, de Michael Curtiz
The Sea Wolf, EUA, 1941, 100’
I Know Where I'm Going!
de Michael Powel e Emeric Pressburger, Reino Unido, 1945, 92’
Embriagado de Amor, de Paul Thomas Anderson
Punch-Drunk Love, EUA, 2002, 95’
O Barba Ruiva, de Fritz Lang
Moonfleet, EUA, 1955, 84’
The Ghost and Mrs. Muir
de Joseph L. Mankiewicz, EUA, 1947, 104’
2001
WHAT'S UP WOODY ALLEN?18 SETEMBRO ︎︎︎ 27 NOVEMBRO
Retrospectiva constituída por dez filmes do cineasta norte-americano. Iniciando-se com a sua primeira obra, “What’s up, Tiger Lily?” de 1966 (inédito em Portugal), o ciclo percorre quatro décadas da filmografia de Allen. Não se passando nada de realmente novo com Woody Allen, passa-se sempre muita coisa. A cinematografia recente prossegue ao ritmo de um filme por ano, deixando os já clássicos filmes dos anos 80 ("Ana e as suas irmãs", "A rosa púrpura do Cairo"...) mais distantes e seguros na história do cinema. O último filme agora estreado em Veneza arrastou suficiente entusiasmo para comprovar que uma produção tão intensa não sacrifica as naturais originalidades e genialidades do seu cinema. Não é estranho que assim seja: a diversidade de temas e registos narrativos, a exploração dos personagens que interpreta, a admirável direcção de actores ajudam-no a garantir a atracção e longevidade do seu cinema. O gosto artístico e, acima de tudo, a grande paixão pelo espectáculo, destacam Woody Allen de qualquer lugar cinematográfico comum.
Todos vamos sentir falta de alguns filmes seus neste ciclo, mas as dez obras a ver são a combinação possível e disponível dos gostos que Allen tem em relação ao cinema. Tudo se transforma e se revela, um cosmos construído autosignificante por se desconstruir tão naturalmente na ficção e no delírio, como no real e no terreno. Um corpo frágil mas capaz atravessa os filmes e os anos, transporta a metáfora de quem vive no cinema e faz passado e futuro nos seus filmes. Máquina do tempo, são as vozes ancestrais e um herói no ano 2000, Allen está nos filmes mas vai viver para além deles. Não sendo novidade nenhuma, é sempre bom recordá-lo.
What’s up, Tiger Lily?
EUA, 1966, 80’
Bananas
EUA, 1971, 82
A Rosa Púrpura do Cairo
The Purple Rose of Cairo, EUA, 1985, 82’
Ana e as Suas Irmãs
Hannah and Her Sisters, EUA, 1986, 107’
Balas sobre a Broadway
Bullets Over Broadway, EUA, 1994, 98’
Poderosa Afrodite
Mighty Aphrodite, EUA, 1995, 95’
Todos Dizem que Te Amo
Everyone Says I Love You, EUA, 1996, 101’
As Faces de Harry
Deconstructing Harry, EUA, 1997, 96’
Celebridades
Celebrity, EUA, 1998, 113’
Através da Noite
Sweet and Lowdown, EUA, 1999, 95’
1999
PETER GREENAWAY12 JANEIRO ︎︎︎ 19 FEVEREIRO
A escolha de Greenaway para o primeiro ciclo de 1999, ainda que não tenha sido propositada, revela a orientação que norteia a nossa actividade: a divulgação e estudo de cinema de qualidade em Viseu, assumindo uma história de mais de quatro décadas e um papel que consideramos cada vez mais actual e pertinente no contexto cultural da cidade.
Da mesma forma que Greenaway afirma “if you want to tell stories, be a writer not a filmmaker” acreditamos que o ser espectador de cinema, enquanto actividade cultural, logo necessariamente social, partilhada, comunicada, implica mais empenho que a mera compra de um bilhete de cinema, implica criar critérios de exigência relativamente aos filmes que nos são propostos e implica saber que o filme não é só uma história ilustrada.
Maridos à Água
Drowning by Numbers, Grã-Bretanha, 1988, 118’
O Cozinheiro, o Ladrão, a sua Mulher e o Amante dela
The Cook, the Thief, his Wife and her Lover, Grã-Bretanha/França, 1989, 124’
Os Livros de Próspero
Prospero’s Books, Grã-Bretanha, 1991, 124’
O Bébé de Mâcon
The Baby of Mâcon, Grã-Bretanha/Holanda, 1993
O Livro de Cabeceira
The Pillow Book, Grã-Bretanha/Holanda/França, 1995, 126’
Da mesma forma que Greenaway afirma “if you want to tell stories, be a writer not a filmmaker” acreditamos que o ser espectador de cinema, enquanto actividade cultural, logo necessariamente social, partilhada, comunicada, implica mais empenho que a mera compra de um bilhete de cinema, implica criar critérios de exigência relativamente aos filmes que nos são propostos e implica saber que o filme não é só uma história ilustrada.
Maridos à Água
Drowning by Numbers, Grã-Bretanha, 1988, 118’
O Cozinheiro, o Ladrão, a sua Mulher e o Amante dela
The Cook, the Thief, his Wife and her Lover, Grã-Bretanha/França, 1989, 124’
Os Livros de Próspero
Prospero’s Books, Grã-Bretanha, 1991, 124’
O Bébé de Mâcon
The Baby of Mâcon, Grã-Bretanha/Holanda, 1993
O Livro de Cabeceira
The Pillow Book, Grã-Bretanha/Holanda/França, 1995, 126’
1998
AS FLORES DO MAL02 JUNHO ︎︎︎ 14 JULHO
Chunking Express, de Wong Kar-Wai
Chong qing sen lin, Hong Kong, 1994, 102’
Crash, de David Cronenberg
Canadá, 1996, 100’
Cães Danados, de Quentin Tarantino
Reservoir Dogs, EUA, 1992, 99’
Estrada Perdida, de David Lynch
Lost Highway, EUA, 1997, 135’
Ódio, de Mathieu Kassovitz
La Haine, França, 1995, 95’
Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola
Bram Stoker’s Dracula, EUA, 1992, 130’
Trainspotting, de Danny Boyle
Reino Unido, 1997, 93’
1989
CINEMA NA FEIRA01 ︎︎︎ 24 SETEMBRO
Big, de Penny Marshall
EUA, 1988, 104’
Veludo Azul, de David Lynch
Blue Velvet, EUA, 1986, 120’
Um Príncipe em Nova York, de John Landis
Coming to America, EUA, 1988, 117’
Irmãos Inseparáveis, de David Cronenberg
Dead Ringers, EUA/Canadá, 1988, 116’
FILMES PARA CRIANÇAS
Os Quatro Cachorrinhos, de Joe Camp
Benji The Hunted, EUA, 1987, 88’
Os Marretas Conquistam Nova York, de Frank Oz
The Muppets Take Manhattan, EUA, 1984, 94’
Astérix e Cleópatra, de Goscinny e Uderzo
Astérix et Cleopatre, França, 1968, 72’
ET - O Extra-Terrestre, de Steven Spielberg
ET - The Extra-Terrestrial, EUA, 1982, 115’
EUA, 1988, 104’
Veludo Azul, de David Lynch
Blue Velvet, EUA, 1986, 120’
Um Príncipe em Nova York, de John Landis
Coming to America, EUA, 1988, 117’
Irmãos Inseparáveis, de David Cronenberg
Dead Ringers, EUA/Canadá, 1988, 116’
FILMES PARA CRIANÇAS
Os Quatro Cachorrinhos, de Joe Camp
Benji The Hunted, EUA, 1987, 88’
Os Marretas Conquistam Nova York, de Frank Oz
The Muppets Take Manhattan, EUA, 1984, 94’
Astérix e Cleópatra, de Goscinny e Uderzo
Astérix et Cleopatre, França, 1968, 72’
ET - O Extra-Terrestre, de Steven Spielberg
ET - The Extra-Terrestrial, EUA, 1982, 115’
1985
CICLO PIER PAOLO PASOLININOVEMBRO
Teorema
Itália, 1968, 98’
Decameron
Il Decameron, Itália/França/Alemanha, 1971, 111’
Os Contos de Cantuária
I racconti di Canterbury, Itália/França, 1972, 111’
As Mil e Uma Noites
Il fiore delle mille e una notte, Itália/França, 1974, 130’
Saló ou os 120 Dias de Sodoma
Salò o le 120 giornate di Sodoma, Itália/França, 1975, 117’
Itália, 1968, 98’
Decameron
Il Decameron, Itália/França/Alemanha, 1971, 111’
Os Contos de Cantuária
I racconti di Canterbury, Itália/França, 1972, 111’
As Mil e Uma Noites
Il fiore delle mille e una notte, Itália/França, 1974, 130’
Saló ou os 120 Dias de Sodoma
Salò o le 120 giornate di Sodoma, Itália/França, 1975, 117’